25/02/2008

No "Campus 3" também se discute profissão

Quando três alunos de Comunicação Social se reúnem na mesa de um bar fala-se de tudo, até da profissão. Enquanto nas aulas se discute a teoria, no encontro informal surgem temas que fazem parte do dia-a-dia de quem geralmente já está no mercado de trabalho durante a faculdade.
No caso, os três alunos em questão são Tiago Lopes, Bruno Schuch e Sheron Nicolette, todos do curso de Jornalismo da UCPel, que numa noite qualquer optaram por um bate-papo, ao invés de mais uma aula. "Não é questão de desprezar a importância das aulas, mas quando se está cansado não vale à pena assistir. Às vezes esse contato direto com os colegas pode ser até mais proveitoso", diz Tiago, estudante do 5º semestre e que trabalha com cinegrafista de uma emissora local de TV aberta.
Conscientes da grande competitividade no mercado de trabalho, os três concordam que inovar é fundamental. "A real é que a gente sai do curso com o pensamento de ir trabalhar em algum veículo que já existe ao invés de pensar em criar algo diferente. A gente critica pra caramba o mercado, mas no final acaba se adaptando a ele", fala Sheron, estudante do último semestre de que trabalha atualmente como radialista.
Saber das durezas que aguardam fora da universidade não tira dos futuros jornalistas a visão, de certo modo, "romântica" da profissão, e que para muitos ainda é o que motiva a seguir esta carreira. "A gente sabe que é muito difícil ganhar dinheiro com jornalismo, poucos são os que se destacam na área e conseguem isso. Essa história de 'caminhando e cantando' é só até a gente se formar porque lá fora o mundo é capitalista mesmo. Mas mesmo assim eu ainda tenho aquela paixão pela comunicação, aquela sensação de estar vivendo cada momento e fazer parte da história nem que seja só como narrador dos fatos", continua Bruno, do 5º semestre, estagiário voluntário da TV da Universidade.
Para Tiago, o que atrai no jornalismo é a ausência de rotina. "A opção é sempre tua. Ou tu podes chegar na redação e fazer três matérias medíocres ou de repente tu podes pegar uma pauta e fazer dela a grande matéria da tua vida".

21/02/2008

As Fases do Jornalismo OnLine


Segundo Mielniczuk, os veículos de jornalismo online podem ser divididos em três fases, de acordo com o grau de adaptação alcançado na remidiação de seu meio de origem para a Internet. São elas:

Transpositiva_ O Jornal do Inatel (Instituto Nacional das Telecomunicações), de Minas Gerais, é um exemplo de veículo de comunicação impresso que foi colocado na Internet sem passar por adaptações. Lançado em outubro de 2003, o informativo tem edições trimestrais. Todas estão disponíveis no site do Instituto para download em arquivos do tipo pdf. Na página estão as imagens da capa das ediç e os títulos das matérias que o internauta encontrará em cada uma delas.


Metáfora_ Com matérias que mantém a estrutura de veículo impresso, o site do Diário Popular, de Pelotas, é um exemplo de jornal on-line da fase metafórica. Seus recursos de busca e navegação bastante restritos, a página permite o acesso, mediante cadastro prévio do internauta, a alguns conteúdos das edições impressas do jornal, já que nem todas as matérias são publicadas no site. Oferece recursos limitados de interatividade como enquetes e contato, mas não permite publicação de comentários.


Webjornalismo_ Quando a estrutura de redação e a linguagem de um jornal adquirem características específicas da Internet diz-se que ele está na fase mais avançada de adaptação ao webjornalismo. Como exemplo pode-se citar a Folha OnLine. A hipertextualização é uma característica bem desenvolvida no site da Folha de São Paulo, que ainda oferece recursos de interatividade como enquete e "fale conosco", mas não possibilita a publicação de comentários. Com estrutura parecida, o Estadão é outro exemplo, com a diferença de que neste há espaço para comentar as matérias publicamente.


Exceção?
Uma análise diferenciada pode ser feita da Zero Hora, jornal do Grupo RBS, na Internet. Disponível na rede em dois formatos, a ZH não se enquadra perfeitamente em nenhuma das três categorias mencionadas. A primeira versão se assemelha às citadas acima, como exemplos de webjornalismo. Apresenta matérias com uma linguagem própria do jornalismo on-line, estrutura de hipertextos, além de recursos multimídia e de interatividade. A segunda e possível exceção à regra, chamada ZH Virtual, foi lançada mais recentemente e permite ao internauta "folhear" na tela o jornal impresso. A opção oferece recursos de navegação semelhantes aos do arquivo em pdf (da fase transpositiva), com o acréscimo de menus "inteligentes" de busca ou que levam o internauta direto ao caderno ou editoria desejada (da fase metáfora). A intenção imitar a sensação da leitura no monitor da sensação física do jornal impresso - e os cliks do ato de folhear - é enfatizada pelo layout, que inclui até mesmo a sombra criada pelo volume de páginas. Entretanto, a existência de recursos multimídia não deixam de interferir na leitura, de modo que nem todos os impactos da remidiação são anulados, pois a leitura no monitor mantém diferenças essenciais em relação à leitura impressa.


O que é isto?

Para começar com as postagens... apenas uma breve explanação.

O conteúdo deste blog é dedicado às atividades práticas propostas durante as aulas da disciplina de Jornalismo OnLine, ministradas pela professora Raquel Recuero, da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas.

Eu, a autora, sou acadêmica do 7º semestre do curso de Comunicação, habilitação em Jornalismo.