01/06/2008

Apesar das boas críticas, Maratona de Cinema não leva prêmios no Intercom

Não faltaram elogios para o trabalho de pesquisa e para o evento pioneiro desenvolvidos na colônia Z-3, e defendidos por mim e pela acadêmica Aline Reinhardt no Intercom Sul 2008, realizado de 29 a 31 de maio na Unicentro, em Guarapuava/PR .

O projeto da Maratona de Cinema da Z-3 e a pesquisa de opinião que avaliou previamente a relação dos moradores da comunidade com o cinema - elaborados por nós duas e pelas colegas Karina Peres e Cíntia Arbeletche, todas bacharelandas em Jornalismo pela UCPel - disputaram prêmios em categorias dominadas pela área de Relações Pública. Aliás, não fosse pela nossa representação, os RP´s teriam sido absolutos nas duas modalidades em que concorremos.

Concorrendo com outros sete trabalhos, a pesquisa Relação dos Zetrezenses com o cinema
não superou o estudo sobre a Responsabilidade Social como atividade profissional de Relações Públicas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), vencedora da categoria.

O projeto da Maratona de Cinema da Z-3 foi apresentado na seqüência da pesquisa, já que por erro da própria organização do Intercom Sul havia sido incluído na categoria errada, mas oficialmente concorreu pela categoria Evento como único inscrito.

O trabalho planejado no segundo semestre de 2007 e executado em abril deste ano chamou a atenção e rendeu elogios por parte do público presente na apresentação, mas os resultados da iniciativa aparentemente não entusiasmaram a banca, que demonstrou desconhecimento a respeito do assunto tratado no projeto. "Uma das julgadoras perguntou por que tínhamos realizado um projeto voltado para o cinema e não para a dança, ou para a música, sendo que a baixa acessibilidade ao cinema, ao contrário do que acontece com esses outros tipos de artes já havia sido justificada anteriormente, quando dissemos que a intenção era proporcionar algo que a comunidade era carente, conforme constatamos com a nossa pesquisa", relatou Aline.

Admitindo não conhecer a maioria dos títulos que integraram a programação do evento apresentado, sendo que a maioria deles são marcos históricos do cinema nacional, a mesa ainda considerou "pouco" o público de mais de 610 pessoas presentes nos três dias de sessões realizadas.

Apesar das críticas, a premiação da Maratona de Cinema da Z-3 era mais do que esperada, visto que era o único evento concorrente. No entanto, para a frustração da torcida da UCPel, apenas no momento da premiação foi anunciado que havia outros trabalhos na disputa, que mudaram de categoria na última hora. O prêmio acabou ficando com a Universidade Federal de Santa Maria, pelo projeto Chuveiro é o Hall.

"O pior é que não ficamos sabendo nem para quem perdemos, já que este projeto não aparece nos anais do Congresso", lamenta Aline, que não tem certeza, sequer, se os projetos concorrentes foram todos avaliados pelo mesmo júri, já que foram apresentados junto a categorias distintas.

Mas, como "vão-se os louros", o prêmio no Intercom pode não ter ocorrido, mas os resultados práticos e acadêmicos da Maratona de Cinema já foram mais do que reconhecidos. Alguém duvida? http://cinez3.blogspot.com

26/05/2008

Sete Imagens estréia nesta quinta, no Sete - PROVA

Em cartaz nesta quinta-feira (29), no Theatro Sete de Abril o curta-metragem Moviola Imagens, uma produção intependente da Moviola Filmes.

A sessão marca a estréia do projeto Sete Imagens, da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), que passa a integrar o calendário permanente de atrações do Theatro, a exemplo dos já cativos do público pelotense Sete ao Entardecer e Cena Literária, e, assim como estes, tem entrada franca e mantém o tradicional horário dos happy hours culturais: começa às 18h30.

Até novembro, serão sete edições do projeto, com a exibição de um curta-metragem cada, sempre em uma quinta-feira de cada mês. Após a apreciação dos filmes, serão promovidos debates temáticos com convidados. O tema desta primeira sessão será o "cinema independente".


Projeto de retomada?

O edital, que já selecionou as produções contempladas, é restrito a produções locais, mas não excluiu nenhum tipo de formato audiovisual, sendo aceitos, até mesmo, vídeos gravados em suportes amadores e alternativos, como câmeras digitais e celulares. "Esse é o grande barato do projeto: qualquer pessoa pode participar, e criar, a partir do cotidiano da nossa cidade, alguma coisa interessante", diz o professor da Universidade Católica de Pelotas Michael Kerr, um dos integrantes da comissão que formatou o projeto, junto com representantes da Secult, do Theatro, do Cefet e do curso de Cinema e Animação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Além de ser, possivelmente, um grande impulso para a produção audiovisual local e um incentivo à formação, ou reestruturação, das platéias de cinema cada vez mais escassas diante do encolhimento das salas de exibição, a sessão extraordinária representa um nostálgico retrospecto aos tempos em que, mais que um teatro, o Sete de Abril era um dos principais "cinetheatros" do tradicional circuito de Pelotas, junto com os memoráveis Cine Capitólio, Apolo, Tabajara, Rei, Fragata, Avenida e Guarany. E lá se vão quase três décadas desde que o último bang-bang italiano entrou em cartaz, no tempo em que os pelotenses pagavam mil réis pela poltrona para assistir as sessões contínuas, que começavam pelos cinejornais, "das 15h em diante", como consta em anúncios da época.

A partir dessa história, o vídeo da produtora Moviola (do filme Katanga´s Bar) que será exibido nesta quinta faz um levantamento histórico dessa tradição cinematográfica, quase esquecida, de Pelotas, que ainda paira sob as sombras dos antigos casarões que um dia já foram movimentados templos da Sétima Arte. "Moviola Imagens é vídeo experimental que foi criado especialmente para o Sete Imagens, com uma abordagem poética sobre as cada vez mais raras salas de exibição em Pelotas", disse a diretora da produção e professora do curso de Cinema da UFPel, Cíntia Langie.


Links relacionados:
Sétima Arte de volta ao Sete de Abril

18/05/2008

Marketing de Guerrilha

Publicitários da agência Mazah Live Marketing, de Porto Alegre, revelam nesta segunda-feira, algumas estratégias bem-sucedidas de uma nova tendência no meio publicitário: O Marketing de Guerrilha. A palestra começa às 19h no auditório do Campus II da UCPel.
Na mira da publicidade moderna, os conceitos de dinamismo e criatividade são levados ao extremo para cercar a concorrência. Faz parte da tática também a utilização de mídias alternativas - mais econômicas e, principalmente, mais eficientes.
Quem preenche ou pretende desenvolver esses requisitos pode, além de assistir a palestra se candidatar a um estágio voluntário de um mês na Mazah. A seleção será feita através de um concurso, cujo briefing será anunciado na palestra, e o ganhador ainda terá seu case veiculado.




Intervenções nada convencionais

Para divulgar o projeto experimental, as organizadoras Priscila Krolow e Lorena Trápaga (do 7º semestre de Publicidade e Propaganda da UCPel) foram para a linha de frente munidas do que já aprenderam sobre o assunto, e atacaram por todos os lados, e claro, com toda a habilidade requerida pelo tema:
A operação envolveu diversas abordagens no Campus, que foram revelando, aos poucos, do que se tratava a campanha, ao mesmo tempo em que alimentava o interesse e a curiosidade do público-alvo.
Para "permitirem" a realização do projeto, os professores, por exemplo, foram persuadidos com trufas e bandeirinhas brancas, acompanhadas da mensagem: "O marketing é de guerrilha, mas a missão é de paz". Os alunos também tiveram várias surpresas nas salas de aula, ao se depararem com a presença inusitada de balões ou varais de pirulitos, que atraíam o foco para as intrigantes informações não conclusivas sobre o projeto.


Participe!

O quê: Palestra sobre "Marketing de Guerrilha", com publicitários da agência Mazah Live Marketing.
Quando: Segunda-feira, dia 19, às 19h
Onde: No auditório do Campus II da UCPel
Quanto: A participação na palestra é gratuita, mas para quem quiser certificado o custo é de R$ 5,00. Aqueles que participarem do concurso recebem certificado sem nenhum custo.

* O prazo para inscrições de cases no concurso vai até o dia 21.

Contato/Mais Informações:
priscilakrolow@hotmail.com


Saiba mais sobre Marketing de Guerrilha:
Na Wikipedia
No site da Mazah

15/05/2008

Heurísticas

Análise heurística do blog da Maratona de Cinema da Z-3

Esta análise usa como base as 10 heurísticas propostas por Cláudia Dias e na adaptação das 10 heurísticas de Nielsen proposta por Frederick van Amstel. Apesar de se tratar de um blog - que por ser blog, e ainda por cima "pré-fabricado" (fundamentado em um modelo de html), tem características de formato pouco flexíveis - quando aplicadas, as heurísticas puderam demonstrar alguns aspectos sobre sua funcionalidade.

Confira o que foi observado:

1. Sobre a visibilidade e o reconhecimento do estado ou contexto atual, e condução do usuário

Com a utilização do recurso de "adicionar html" foi possível criar campos na lateral esquerda do blog que levam objetivamente aos posts mais importantes. Assim, no topo da barra lateral dos links respondem diretamente à pergunta "O que é a Maratona" e também informa, de maneira bastante utilitária, a "programação".

Em qualquer estágio de navegação - exceto nas janelas de comentários, que são do tipo pop-out - o internauta tem a possibilidade de retorno à página inicial (última atualização do blog) clicando sobre o cabeçalho, que serve como link "home".

O mesmo cabeçalho, e o título de cada post, indicam permanentemente ao usuário sua localização, enquanto os hiperlinks - que aparecem em destaque, sugerem ao leitor as possibilidades de leituras paralelas, co-relacionadas com o conteúdo que ele está acessando no momento.

Na barra lateral encontram-se também links que levam aos sites dos apoiadores culturais, e outros ainda que conduzem a informações anexas à Maratona, como o site que disponibiliza os horários de ônibus para chegar a Z-3, a previsão do tempo (que foi especialmente importante nos dias do evento e serviu para encorajar visitantes pela não-previsão de chuva), o mapa da Z-3 e adjacências, e também os perfis apêndices da Maratona na Internet: Twitter, Orkut e Flickr.

Para situar o internauta, dentro das possibilidades do formato blog, no blogspot, foram criadas tags. As tags são palavras-chave. Cada post está relacionado com pelo menos uma tag, mas também pode ser classificado em mais de uma dessas sub-categorias do blog.

As tags foram a alternativa escolhida para potencializar a funcionabilidade do blog e ajudar o internauta a ter uma visão global de todos os conteúdos que podem ser encontrados neste endereço. Por isso, as palavras foram cuidadosamente escolhidas de forma a indicarem, da forma mais objetiva possível, os conteúdos aos quais se relacionam.


2. Sobre o projeto estético e minimalista

Esteticamente, o design do blog valoriza as referências da identidade visual do projeto, criada pela Agente - Agência de Publicidade da UCPel - reforçada pelos tipos e cores, além da própria ilustração no cabeçalho.

O formato se aproveita do contraste entre o branco e o vermelho para manter a página bastante clara, e com pouco "peso".

A maior faixa vertical, a da direita, é dedicada aos conteúdos, enquanto a mais estreita, situada à esquerda, destina-se à navegação e a informações objetivas (links estruturais).

Raros textos das postagens ultrapassam a medida de uma rolagem, e os conteúdos, apesar da disposição vertical e contínua - característica dos blogs - são agrupados conforme temas através das tags, como já foi explicado. As postagens são organizadas conforme título e subtítulos, e seus elementos diagramados conforme uma disposição "escaneável".

A publicidade dos apoiadores culturais possui espaço nitidamente delimitado.


3 e 4. Quanto ao controle do usuário e quanto à flexibilidade e eficiência de uso

Por se tratar de um blog, o espaço virtual da Maratona de Cinema possui uma navegação bastante simples, facilitada pela forma como ele foi adequado às necessidades impostas pelo tipo de conteúdo que ele abrange.


5. Prevenção de erros

Todos os recursos adicionais incluídos ao modelo original utilizado como base na estruturação do blog foram testados, especialmente links externos. Atualmente, estão desabilitados os recursos de arquivos para download direto, pois os mesmos "expiraram" do servidor. No entanto, o usuário ainda tem a possibilidade de baixar os arquivos através do RapidShare.


6. Consistência

Os conteúdos presentes no blog, apesar de diversificados, possuem visivelmente certos critérios de padronização. Com relação à interface, não se aplica uma análise mais aprofundada por se tratar de um blog, formatado verticalmente, e não com páginas e sub-páginas. O formato linear, no entanto, apenas condiciona a navegação, reduzindo, de certa forma, suas possibilidades, mas não impede uma leitura multilinear.


7. Compatibilidade com o contexto

Identificado com a cultura, com a ação comunitária e com a Sétima Arte, o blog traz conteúdos compatíveis e de forma acessível a seu público. O formato e a identidade visual de todo o projeto são facilmente associados a essas idéias. Além disso, a linguagem empregada é simples, eventualmente técnica e teórica (quando isto se faz necessário, por se tratar de um projeto acadêmico), mas ainda assim de fácil entendimento, até pela colocação oportuna de hiperlinks que levam o leitor a outros conteúdos, que podem possibilitar uma maior compreensão dos assuntos.


Links relacionados:
Heurísticas para avaliação de usabilidade de portais corporativos
As 10 heurísticas de Nielsen
Card-sorting
What We Saw When We Looked Through Their Eyes

12/05/2008

Jornalismo Open Source é Jornalismo?

Pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou dados inéditos: 49 milhões de brasileiros utilizam a Internet. Destes, 42% publicam conteúdo próprio. Claro que a maioria deste conteúdo independente tem a finalidade de servir de elo para os relacionamentos no cyberespaço (fotos, por exemplo). Apenas 5% afirmou já ter publicado notícias ou estórias. Um número pequeno mas não negligenciável se observarmos o exemplo da Publicidade, que em matéria de utilização das ferramentas da Internet parece ter largado na frente, e de forma mais acelerada que o Jornalismo.


Basta observar outros números que servem de referência para a compreensão dessa tendência, com efeitos cada vez mais sensíveis, de autonomia para a geração de conteúdos, com relação ao mercado on line:

71% dos consumidores online lêem comentários de opinião sobre produtos e serviços “postados” na Internet (Forrester);
77% dos internautas que fazem compras online usam os e iamgeme comentários sobre os produtos feitas por consumidores são extremamente úteis e facilitam a sua decisão de compras (eTailing Group);
63% dos consumidores declaram que estão mais propensos a comprar em sites que tem criticas e comentários sobre os produtos , bem como o rating de satisfação dos clientes . (CompUSA & iPerceptions study);
42% declaram que o “rating” e comentários sobre os produtos são decisivos na realização da primeira compra na Internet. (Foresee Results Study, 2006)

Atento a isso, o analista de sistemas Aloísio Sotero, do site Acheme7, que há anos trabalha no setor de marketing de grandes empresas e dedica-se ao estudo dos comportamentos do consumidor comenta: "Ao que parece estamos voltando com a Internet ao fundamento dos negócios: Mercado são conversas. (...) Os anúncios em jornais e revistas também são conversas, só que agora as conversas aumentaram com os conteúdos gerados pelos consumidores".

Mas... e o jornalismo?

A jornalista Daniela Bertocchi, em seu blog Intermezzo chama a atenção para o fato de que os maiores colaboradores, de acordo com a pesquisa, estão entre 16 e 24 anos. "Em poucos anos, esse público ficará mais velho e serão eles os maiores compradores e consumidores de notícias; eles terão um peso no bolo financeiro do mercado de comunicação bastante considerável. Entretanto, os veículos de comunicação ainda estão patinando em iniciativas que atendam o comportamento desse público na internet" avalia.

Apesar do número de internautas geradores de conteúdo noticioso ser ainda bastante reduzido, ele é, sem dúvida, crescente. Isso redimensiona o sentido do jornalismo, pois faz crescer em importância e dá visibilidade àquilo que é particularmente importante, ou relevante apenas no âmbito local.

Falar em jornalismo open source significa considerar jornalismo a factualidade das informações, a difusão de notícias de interesse público, e a liberdade de comunicação e de expressão da realidade.

O grande impasse nessa questão é: se qualquer um pode fazer jornalismo, então os jornalistas são dispensáveis? Acredito que não, mas sobre isso não há respostas definitivas.
Conheço bons blogs de notícias e informação, submetidas a diferentes formatos. Uns são de jornalistas, outros não e mesmo assim são capazes de (bem) informar.

Sérgio Rizzo, prefaciando o livro A Apuração da Notícia, de Luiz Costa Pereira Junior, afirma: "É bem verdade que o despreparo mostrado por muitos jovens recém-chegados (e que chegam cada vez mais cedo) às Redações contribui para alimentar a idéia de que não lhes foi dito, nos quatro anos de faculdade, como garimpar a matéria-prima da atividade jornalística, a informação que veiculamos como notícia." E complementa: "é uma obviedade dizer que não há jornalismo sem ela, mas uma obviedade que talvez precise ser repetida, como um mantra, sob o risco de que se acredite, com base na fartura de exemplos disponíveis na praça, que para fazer jornalismo basta um computador com acesso à internet e um endereço eletrônico apto a receber material de divulgação das assessorias de imprensa".

Como bem sugere Rizzo, esta não é, necessariamente, uma questão de diploma. Existem jornalistas e jornalistas, mas neste grande bolo há lugar para ser ocupado por profissionais competentes, que possam oferecer um serviço diferenciado, talvez uma análise mais bem formulada. Não que isso não possa ser realizado por alguém que não seja jornalista. O diferencial está realmente naquilo que realmente se aprende na universidade, no aprofundamento das discussões, e não no volume de conhecimento acumulado.

08/05/2008

Chapa 1 vence eleições do Diretório Acadêmico da Comunicação na UCPel

A chapa 1 - MovimentAÇÃO, encabeçada pela aluna Reizel Cardoso, do 7º semestre do curso de Jornalismo, venceu hoje as eleições que definiram a nova gestão que irá representar os estudantes dos cursos de Comunicação Social (habilitações em Jornalismo e Publicidade), Design de Moda e Produção Fonográfica da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) até maio de 2008.

A disputa foi uma das mais acirradas dos últimos pleitos e foi decidida por uma diferença de apenas 16 votos: 156 contra 141 contabilizados para a chapa 2 - A diferença é o que nos UNE.

A campanha pelo voto nulo, liderada por alunos que protestaram lançando uma "chapa alternativa" - que não estava concorrendo -, conquistou apenas 3 votos - número inferior, inclusive, à quantidade de alunos que propagandeavam na boca de urna com cartazes e oralmente pelos corredores o slogan "vote chapa 3 e beba os R$ 500". O valor é uma alusão ao montante estimado do caixa do Diretório Acadêmico atualmente.

A votação que começou às 18h, foi encerrada pouco antes das 22h. O resultado da apuração foi anunciado cerca de meia hora depois. Participaram do pleito, segundo a comissão eleitoral, 300 estudantes dos 534 alunos aptos a votar entre os quatro cursos envolvidos.

A abstenção foi considerada pequena frente à grande mobilização daqueles que participaram. O professor e diretor do Centro de Educação e Comunicação Jairo Sanguiné Júnior, destacou o grande interesse dos estudantes. Segundo ele a eleição serve de exemplo para os demais cursos da Universidade, cujas eleições dos respectivos diretórios acadêmicos não costumam despertar tanto interesse por parte dos estudantes. "Fico orgulhoso, e ao mesmo tempo acho fundamental esse momento de retomada, não só do movimento estudantil como da própria mobilização dos estudantes em defesa de sua representatividade dentro da Universidade", enfatizou.

Eles preferiram os veteranos

Ao contrário do que se poderia esperar, a exemplo de eleições anteriores em que houve duas chapas, e apesar da maioria dos eleitos pertencer ao curso de Jornalismo, dessa vez, a rivalidade não dividiu o Campus entre jornalistas e publicitários, e sim entre calouros e veteranos. Com a vitória da chapa 1, o pleito acabou reelegendo boa parte dos alunos que já atuavam no D.A na gestão eleita ano passado, e assim mantém boa parte do grupo líder, com algumas trocas de cargos. Juliana Recart por exemplo, que era a presidente, agora ocupa o cargo de primeira secretária.

Por outro lado, na chapa 2, metade dos canditatos aos principais cargos ainda estavam na primeira metade do curso, inclusive o candidato a presidente, Ricardo Rojas, do terceiro semestre.

Apesar de ambas as chapas defenderem a maior integração entre os cursos que dividem o Campus, especialmente com os recém-criados Design de Moda e Produção Fonográfica, nenhuma das duas apresentou candidatos desses dois cursos para ocupar cargos .
Proporcional minoria, os estudantes de Moda e Produção Fonográfica tiveram uma discreta participação no pleito, das campanhas à votação.

Entre as principais propostas da chapa vencedora estão a mobilização para arrecadação financeira em prol de incentivos a atividades de interesse dos estudantes, o apoio e a promoção de atividades culturais, palestras e eventos voltados para a formação política e a luta por melhorias na infra-estrutura da Universidade.

Quem foi eleito

PRESIDENTE
Reizel Cardoso - 7º semestre / Jornalismo

VICE
Vanessa Silveira -6º semestre / Jornalismo

1ª SECRETÁRIA
Juliana Recart - 7º semestre / Jornalismo

2ª SECRETÁRIA
Ediane Oliveira - 5º semestre / Jornalismo

1º TESOUREIRO
Juliano Lima - 5º semestre / Publicidade e Propaganda

2º TESOUREIRO
Eduardo Menezes - 6º semestre / Jornalismo


04/05/2008

Que jornalismo é esse?


O que parecia ser apenas uma incursão aventureira no campo do jornalismo - para desbancar as opiniões mais descrédulas - se consolida cada vez mais como um concorrente direto frente aos veículos convencionais de comunicação social. Enquanto muitos blogueiros dão demonstrações de que têm competência para fazer jornalismo, e muitos jornalistas blogueiros dão cada vez mais respaldo a essas iniciativas, cresce a credibilidade e a procura por esses nichos no ciberespaço, que abriga a cada dia mais e mais internautas tanto como leitores quanto como produtores de conteúdo.


Extra-Oficial


A escolha inédita de um blog como vencedor da categoria Internet do prêmio Herzog, um dos mais conceituados do jornalismo brasileiro, em 2007, é um forte indicativo de como essa modalidade de profusão de conteúdos vem conquistando cada vez mais créditos, a exemplo do PEbodycount.


O blog, que levou o prêmio desbancando os grandes sites de informação, é um exemplo de como os blogueiros tem "corrido por fora" dos meios de comunicação oficiais. Enquanto a maioria desses sites limitam-se a reproduzir notícias produzidas para outras mídias que fazem parte do conglomerado (TV, rádio, revistas e jornais impressos), ou a publicar em notas rápidas e superficiais as "notícias de última hora", o PEbodycount mostra como é possível produzir conteúdo interessante e aprofundado exclusivamente para a Internet.

Segundo o jornalista André de Abreu, a conquista do blog é ainda maior para o Jornalismo Digital como um todo, pois "prova que reportagem investigativa também tem o seu lugar e pode ser feita na Internet". (E o Herzog vai para... um blog!)


Quando a opinião vale mais

Em seu Diário da Tribo, Fábio Reynol, jornalista e escritor, segundo ele mesmo "com mais de cem obras não publicadas e mais de trezentas impublicáveis", publica periodicamente "as notícias de um país de tanga na mão e corda no pescoço". "Eu o considero jornalístico porque trabalho com ele um gênero literário que se encaixa bem e até é utilizado em muitos veículos jornalísticos: a crônica. Através de vários textos do Diário da Tribo, um leitor no exterior, por exemplo, poderia se informar sobre o cotidiano do Brasil mesmo se tivesse acesso somente a esse blog", argumentou o autor, em entrevista concedida pelo GTalk.


"Claro que também abordo generalidades em alguns posts, e mesmo esses textos trazem a visão e a opinião de um brasileiro. Em alguns casos, há textos estritamente opinativos, encaixando-se, portanto, em outro gênero bem jornalítico, o artigo", complementa.

Repórter especialista em ciência e tecnologia, Reynol escreve reportagens para vários veículos da área, como as revistas "Ciencia e Cultura" (SBPC), "Inovação" (Instituto Uniemp) e "ComCiência" (Labjor Unicamp e SBPC). Também escreve esporadicamente para outras revistas como a da Livraria Cultura e produz as notícias do site Telecurso TEC, da Fundação Roberto Marinho.

Reynol é um dos pioneiros na popularização dos blogs como veículos jornalísticos. Antes do Diário da Tribo ser um blog (no ar desde 2001), era uma home page. "Na época os blogs não eram tão populares e ainda não havia ferramentas práticas para postar textos na internet. Antes dele tive uma página piloto, feita em 1996. Era toda em html e dava um trabalhão para atualizar os textos, porque também estavam começando os editores de páginas eletrônicas", lembra.


Blogs como suporte da mídia convencional

Apesar de terem nascido legitimamente independentes, com o passar do tempo, e a serviço da conquista de credibilidade, passaram a surgir blogs associados a outros canais de comunicação dos meios convencionais.

Colunistas, comentaristas, cronistas e repórteres passaram a "alimentar" seus espaços na internet com comentários dos comentários, bastidores de reportagens e conteúdos extras ao material veículado originalmente na imprensa tradicional. De certa forma essas ações originaram uma relação de troca onde a mídia convencional passou a "legitimar" os blogs, afinal, se você confia naquele que publica seus textos no jornal, ou fala na TV e no rádio, porque não lhe daria crédito também na Internet?

Exemplo disso é o blog que eu mesma mantenho, que com o objetivo de manter um arquivo on line das matérias que escrevo acabou se tornando uma forma dinâmica de portfólio, pois é constantemente renovado. Além de vitrina do meu trabalho, também é utilitário, já que contém informações atualizadas sobre um grande número de atividades culturais em Pelotas/RS, que é o meu foco de atuação neste momento.


Nesse caso, o conteúdo é praticamente idêntico ao que é publicado no jornal, no mesmo dia. Praticamente idêntico. As principais mudanças são evidentes, principalmente com relação ao formato e à diagramação. Mas o texto, salvo algumas correções que se tem a possibilidade de fazer, é o mesmo, com a vantagem de que são acrescentados alguns hiperlinks, ampliando as dimensões da leitura.

28/04/2008

As teorias e o Jornalismo OnLine

"Enfim, o jornalismo mudou.
A constatação talvez possa parecer óbvia demais,
porém se o jornalismo mudou com a Internet
quanto não terá mudado o jornalista?"


(Ana Paula Rosa: Jornalista na Web: Fundamental ou Dispensável?)



Revisitando a teoria do "gatekeeping"

Sem uma teoria própria, o Jornalismo OnLine vem reciclando paradigmas do Jornalismo tradicional, e revisando conceitos, ora aplicados aos novos suportes tecnológicos e novas formas de produção de conteúdo.

Exemplo disso é o ressurgimento das discussões acerca da "teoria da ação pessoal", ou Gatekeeper, segundo a qual "as notícias resultam da seleção de acontecimentos com base nas opções particulares de cada jornalista seletor" (SOUSA, Jorge Pedro).

Em outras palavras, de acordo com essa lógica que vigorou com força durante as décadas de 40 e 50 do século passado - e diga-se de passagem inspirou clássicas HQ´s como o Homem Aranha e Superman -, o próprio dono do jornal centralizava as decisões editoriais do veículo de comunicação.

Metaforicamente chamado de "gatekeeper", ou "guardião do portal", cabia a ele a seleção das notícias que seriam publicadas. As escolhas, claro, eram feitas segundo seus próprios interesses, e nada tinham a ver com o interesse público.

Cabe destacar que, qualquer tipo de escolha editorial, arbitrária ou segundo lógicas modernas, que apesar de ainda - ou mais do que nunca - terem a obrigação de responder a interesses particulares - são mais voltadas aos interesses do consumidor/público - ora considerado pensante - condiciona não apenas o que o receptor irá ler, mas também o tipo de leitura que ele fará (direciona a interpretação).


Quem são os novos gatekeepers?

Pode-se dizer que a grande diferença, no entanto, entre o velho e o novo paradigma do gatekeeping é que, apesar dos veículos jornalismo da web (considerando inclusive, e principalmente os blogs) estarem voltando a serem individualistas editorialmente - de modo que a "chave de cada portal" continua tendo poucas cópias distribuídas nas mãos de poucos, ou de um só - hoje em dia, com o advento da Internet, existem muitos portais e muitos formadores de opinião, não ficando mais os leitores, agora também internautas, limitados a um ou dois veículos de imprensa concorrentes.

Diante da possibilidade de uma leitura multilinear, e da interatividade proporcionada pela Internet, o potencial de crítica - e de escolha interpretativa - dos leitores é incomparavelmente maior. Têm-se acesso direto às fontes primárias, além da possibilidade de cruzar informações e "checá-las" em outros veículos de comunicação (jornais, sites, blogs...), criticá-las e até corrigí-las, correção esta que pode ter repercussão igual ou maior em relação ao conteúdo gerado originalmente.

Sobre isso, duas observações: primeiro, é possível - e o jornalismo on line já vivenciou exemplos disso - que vários veículos tidos como passíveis de credibilidade publicarem erradamente uma informação. Erros, na Internet são comuns tanto pela ação tirana do tempo (vive-se num constante dead line) quanto pela própria concepção de uma rede de informações colaborativa, passível de ser atingida por conteúdos falsos. Segundo, é certo que ninguém tem muito tempo para ficar checando informações em vários sites de notícias, e por isso, vai escolher um, ou alguns, de sua preferência para executar a filtragem desse enorme fluxo de informações.

Por isso, para Jorge Pedro Sousa, a função do gatekeeper é fortalecida no âmbito do Jornalismo on line: "No dia-a-dia as pessoas continuam a preferir, e eu diria até a necessitar, da informação seleccionada, avaliada, hierarquizada, organizada e muitas vezes com uma mais valia de análise e de opinião que lhes é oferecida pelos jornalistas e pelos meios jornalísticos. Por isso, a concorrência entre provedores de informação na Internet contribui para modificar o jornalismo, mas também é a sua garantia de sobrevivência e de crescente qualidade." (SOUSA, Jorge Pedro)


Teoria em discussão

No artigo em que traça um paralelo entre as teorias do "newsmaking" e o atual processo de construção das notícias, a jornalista Ana Paula Rosa avalia que "o jornalista, ao que tudo indica, diante do ciberespaço e das informações disponíveis na rede tem uma tarefa árdua a realizar, pois o seu caráter de "filtro" da informação continua valendo, talvez até mais. Na web a necessidade de oferecer a informação mais importante e de forma ágil faz com que o jornalista seja imprescindível, já que o leitor-internauta dificilmente buscará um jornal online se não tiver a notícia que deseja ao alcance de alguns poucos cliques". Segundo ela, o fato de que um texto dos jornais online só deva ser publicado depois de editado já configura uma função do gatekeeper.

Entre os autores que acreditam na perenidade do valor da função jornalística, Doug Millison (1999) analisa que "uma edição e filtragem de informação de confiança e com qualidade torna-se ainda mais importante na Internet, onde qualquer pessoa pode publicar qualquer coisa e fazer com que pareça importante. Em vez de encontrar ou descobrir informação, a tarefa agora é seleccionar, na amálgama informativa disponível, a informação mais importante". (HERBERT, 2000, in AROSO, Inês).

Há quem defenda, no entanto, que o papel de gatekeeper do jornalista acabou.
Para Inês Aroso, o jornalismo está sendo reinventado na web. A pesquisadora cita Jim Hall que, ao contrário do dito anteriormente, acredita que a função de gatekeeper se extinguiu com o advento da Internet, uma vez que as fontes primárias estão acessíveis às audiências, ou seja, aos usuários da rede, sendo que os próprios leitores-internautas se transformaram em contadores de histórias, antes papel exclusivo do jornalismo. (in ROSA, Ana Paula)

Ainda segundo Ana Paula Rosa, a maioria dos pesquisadores, porém, ainda defende a função de gatekeeper do jornalista, visto que a tarefa é selecionar, escolher dentro de toda a gama de dados disponíveis aquilo que parece ser o mais importante. "Na verdade, o que se descortina diante dos olhos é uma reconquista da função do gatekeeper, ou melhor um reforço desta idéia, pois o jornalista poderá ter as chaves que guardam as informações credíveis e úteis."

Inês Aroso também reforça a mesma tese, e ainda acrescenta a questão da retomada da importância não apenas do papel seletivo, mas também interpretativo, sobre as notícias no jornalismo on line ao afirmar que "com o jornalismo on line ocorre uma revalorização da mediação do jornalista. Saber explicar e dar uma interpretação dos acontecimentos será algo cada vez mais valorizado".


Links relacionados:
Jornalismo online: mediamorfose x fim do gatekeeper
A Internet e os novos papéis do jornalista e do cidadão
Por que as notícias são como são?

17/04/2008

Estudantes lançam campanha para aquecer o inverno de crianças carentes

Até o dia 31 de maio acontece em Pelotas a Operação Novelo, campanha que visa arrecadar novelos de lã para a confecção de agasalhos, que serão doados a parcelas carentes da comunidade. O projeto, lançado oficialmente na última quarta-feira (16), está sendo desenvolvido por alunos da disciplina de Comunicação Comunitária e Cidadania, do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
A matéria-prima arrecadada será repassada ao Bouquet do Amor, que por sua vez irá distribuir os novelos entre cerca de 70 instituições da cidade onde atuam grupos de tricoteiras.

As 26 senhoras que compõem o grupo de tricô do CETRES - Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade da UCPel - já estão com as agulhas de prontidão, à espera da lã para a confecção de blusões, sapatinhos, saquinhos e calças. A ação solidária promete aquecer o coração de quem contribui, e proteger do frio bebês e crianças que serão beneficiados.




Como participar
Interessados em colaborar com a campanha podem fazer sua doação até o dia 31 de maio no saguão do Campus II da UCPel, ou nos seguintes postos de arrecadação: Loja Camminata, Posto Dom Joaquim, Casa da Vovó e Buraco d'Agulha.

Contato
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 2128-8237, através do e-mail operacaonovelo@gmail.com ou no blog http://operacaonovelo.blogspot.com.

07/04/2008

Entrevista OnLine

Perfil: Helena Prates

Jornalista pelotense, formada na Universidade Católica de Pelotas, e especialista em Jornalismo Cultural pela PUC/SP, Helena Prates vive há 5 anos em São Paulo. Nesta entrevista concedida via e-mail, ela fala sobre suas experiências profissionais e pessoais, vivenciadas no cenário do concorridíssimo mercado paulistano.

BlogJOL - Helena, depois de formada, tua escolha foi buscar um espaço no concorridíssimo eixo Rio-São Paulo. Como avalias essa opção hoje, cinco anos depois de sair de Pelotas? Quais os melhores e piores momentos dessa "aventura"?

Helena - Sem dúvida nenhuma os melhores momentos são os que vivo com os grandes amigos que conquistei em São Paulo, para minha surpresa, pois quando saí de Pelotas esperava qualquer coisa de uma metrópole como esta menos as verdadeiras amizades que me abraçaram por aqui. Aliás, diferente da imagem que se faz de São Paulo, esta é uma cidade que acolhe, te abraça mesmo. Além disso, o volume de informações e oportunidades que circula por aqui também é outro grande momento desta aventura. O pior eu diria que é ficar longe da minha família, mas até para ela passei a dar mais valor depois que fui embora.

"Aliás, diferente da imagem
que se faz de São Paulo,
esta é uma cidade que acolhe,
te abraça mesmo."

BlogJOL - Com base na tua pesquisa de especialização, é possível admitir que existam possibilidades alternativas ao paradigma do eixo Rio-São Paulo para os profissionais da Comunicação?

Helena - Ao finalizar minha especialização em Jornalismo Cultural na Puc, na qual foquei na importância dos capitais simbólicos para a consagração de bens culturais, enfim, na economia da arte, concluí que estar fora do eixo Rio-São Paulo não é desculpa para não se produzir bons trabalhos. É uma pena que em nosso país (talvez na América Latina em geral, por razões culturais, de formação cultural) os capitais simbólicos essenciais à consagração de um bem cultural (como meios de comunicação, formadores de opinião, o próprio dinheiro...) estejam concentrados no Rio e em São Paulo. A cultura regional, em nosso país, tem a necessidade de ser validada por este eixo para ser ao menos considerada em sua região de origem. Assim como bens culturais nacionais (cantores, escritores, etc) têm mais facilidade em ser reconhecidos no Brasil quando antes adquirem a consagração internacional, por exemplo. Porém, isso não significa que não exista uma importante produção cultural espalhada pelo Brasil. É uma pena saber que produtos culturais de grande importância nem sempre serão conhecidos pelos brasileiros. O importante é, enquanto comunicadores, tentarmos sempre reconhecê-los. Mas isso já é outro assunto! Rende até outra pauta, com profissionais mais preparados do que eu para abordar este tema!

"A cultura regional,
em nosso país, tem a
necessidade de ser
validada por este eixo
para ser ao menos
considerada em sua
região de origem."


BlogJOL - Atuar no campo da publicidade, sendo formada em jornalismo, foi uma escolha pessoal ou uma imposição do mercado?

Helena - Acho que o mercado pode até nos impor condições mas cabe a nós aceitá-las ou não! Decidi trabalhar com publicidade para abrir minhas experiências profissionais e exercitar meu lado criativo, que é muito forte em mim, e até é trabalhado no jornalismo, mas de forma mais limitada, digamos assim. E, cá entre nós - leitores! - a decisão foi de fato tomada quando percebi que não agüentava mais andar de metrô na hora do rush. Trabalhava em uma editora muito longe da minha casa e agência que me procurou ficava bem mais perto. Aliás, por um tempo, ficou dentro da minha própria casa!!

"Cá entre nós - leitores! -
a decisão foi de fato tomada
quando percebi que não
agüentava mais andar
de metrô na hora do rush."

BlogJOL - Quais os prós e os contras de ser uma jornalista atuando no meio publicitário? Como é o relacionamento com os publicitários? Na tua carreira profissional, em algum momento sentistes alguma carência ou falha na tua formação acadêmica?

Helena - O bom de ser jornalista por formação (porque sou sim a favor do diploma em nossa profissão!) é a capacidade crítica que adquirimos. Somos preparados para questionar tudo, ao contrário do que muitos pensam, jornalista, na minha visão, é aquele que tudo pergunta e não aquele que tudo sabe! Mas isso de certa forma é o que pode dificultar o trabalho de um jornalista no mercado publicitário, feito justamente para não questionar nada. É ingênuo querer mudar o mundo, mas é fundamental tentar ao menos não piorá-lo! Por isso, voltei a trabalhar com produção cultural e a contar histórias. Assim consigo exercitar meu lado criativo a partir da minha formação jornalística.
Em nenhum momento senti carência pelo fato de ter me formado em Pelotas. A faculdade de jornalismo da UCPel é muito boa, na minha opinião, porque tem a base no ser humano e não apenas nas técnicas, e definitivamente acho que cabe a cada aluno buscar seu diferencial. A especialização que tive a oportunidade de cursar na Puc/SP foi fundamental para a conclusão da minha formação. E minha orientadora, a jornalista e professora Margareth Steinberg, fundamental para minha consagração simbólica enquanto jornalista (rs)!! Outro importante nome em minha caminhada profissional, e mesmo pessoal, é o do meu amigo e diretor teatral Valter Sobreiro Junior - importante produtor cultural do Brasil.

"Jornalista,
na minha visão,
é aquele que tudo
pergunta
e não aquele
que tudo sabe!"

BlogJOL - Poderias elencar algum "mandamento fundamental" que todo o comunicador deve aprender a praticar antes de entrar no mercado de trabalho?

Helena - Difícil falar por todos, cada um tem uma filosofia de vida, mas pelo fato de morarmos em um país tão rico culturalmente e ao mesmo tempo tão imaturo, digamos assim: enquanto comunicadores temos a obrigação de trabalharmos com o indivíduo e não com a massa. E longe de isso ser um blablabla demagógico! Mas na prática, acho que devemos sempre perguntar a quem vamos falar ao produzirmos determinada mensagem, seja no meio que for!

"Enquanto comunicadores
temos a obrigação de
trabalharmos com o
indivíduo e não com a massa."

Pierre Bourdieu (filósofo francês que eu adoro!) em um dos seus livros diz que toda pessoa que tem a oportunidade de atingir um meio de comunicação deveria se perguntar se realmente tem algo importante a dizer e a quem isso poderá interessar. Hoje, mesmo com a internet, acho que as pessoas devem se perguntar isso. Blogueiros, por exemplo, com os quais muito trabalhei... na minha opinião, qualquer um pode ter um blog hoje em dia, mas, sinceramente, poucos realmente dizem alguma coisa! Aliás, tem gente que fala uma vida inteira e não diz nada (talvez eu, por exemplo!!)! Em resumo, acho que um comunicador deve ter sempre em mente que sua atividade é humana, por isso, deve sempre pensar no serzinho a quem se dirige! Técnicas serão sempre apenas ferramentas para se atingir o principal objetivo!

"Pierre Bourdieu diz que
toda pessoa que tem
a oportunidade de atingir
um meio de comunicação
deveria se perguntar se
realmente tem algo
importante a dizer
e a quem isso poderá interessar.
(...) qualquer um
pode ter um blog
hoje em dia,
mas sinceramente,
poucos realmente
dizem alguma coisa!"


03/04/2008

Release - Público Interno


Últimos dias de preparação para a Maratona de Cinema da Z-3

O projeto que começou no segundo semestre do ano passado chega agora em sua fase decisiva. Depois de toda a pesquisa, planejamento, contatos com apoiadores, estamos a poucos dias da realização deste evento que vem tomando grandes proporções.

Cabe destacar que as grandes parcerias firmadas aumentam a responsabilidade desta equipe de organização e dão créditos a esta iniciativa. Quem tem empresas / instituições como estas dando credibilidade e apoio a um projeto não pode abrir mão de qualidade.

Há 15 dias do evento, começa agora a pré-maratona para a divulgação. O blog, Twitter e a comunidade da Maratona no Orkut são constantemente atualizados. No início da próxima semana, começa a circular o material gráfico e as peças audiovisuais no rádio e na TV. A propaganda boca-a-boca também sempre é válida.

Está confirmada no dia 14 de abril, a partir das 22h30, a participação das integrantes da comissão organizadora no programa Moviola da RádioCom e neste final de semana falaremos ao vivo no programa da Rádio Comunitária da Z-3. Outros convites - com datas ainda não confirmadas - também foram feitos para a participação em programas de entrevista.

Além de tudo isso, os preparativos finais para a execução do projeto andam a mil, com os últimos ajustes junto aos expositores para a realização do evento paralelo - a feira de culinária, artesanato e serviços.

De acordo com a disponibilidade de cada integrante do grupo, contamos com o entusiasmo e a dedicação de todos agora que estamos às vésperas da concretização deste grande projeto.

Veja mais informações no blog: http://cinez3.blogspot.com


Release - Público Externo


Colônia de Pescadores Z-3 viverá três dias de cinema

De 19 a 21 de abril ocorre a primeira edição da Maratona de Cinema da Z-3. Com o objetivo de proporcionar mais uma opção de cultura e lazer aos moradores da colônia de pescadores, situada no 2º distrito do município de Pelotas, o projeto é uma realização de acadêmicas do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas.

Na programação do evento estão previstas quase 18h de exibições gratuitas de longas e curtas-metragens nacionais - inclusive produções locais - de animação, documentário e ficção.
Quem for prestigiar o evento, nos intervalos entre as sessões, poderá ainda visitar a feira de culinária e artesanatos típicos da cultura zetrezense, além de diversos serviços oferecidos pelas empresas e instituições que apóiam a iniciativa.

Ingressos podem ser retirados gratuitamente na escola Almirante Raphael Brusque (na Z-3), nos Postos São José, na loja Manlec do Calçadão.

Também apóiam este evento as seguintes empresas / instituições: Casa de Cinema de Porto Alegre, Cinematográfica Clube Silêncio, CineSesc, Moviola Filmes, Público Cinema, Stúdio Laços, Curso de Cinema e Animação da UFPel, Prefeitura de Pelotas - Secretaria Municipal de Cultura, Diário Popular, Graphos Cópias, Arataca T-Shirts, Farmácia Nossa Senhora Aparecida, Stúdio Flutuante Sonorizações, Evidency - Espaço de Beleza, Rádio Universidade e TV UCPel.

Mais informações no site http://cinez3.blogspot.com

13/03/2008

Crítica a um produto cultural

Akasha que não se encaixa

Por fora uma caixa retangular, com arestas retas e bem moldadas em papelão. Ao abri-la vemos pular para fora expressões artísticas graciosamente desordenadas, inusitadas. Uma experiência tridimensional e não seqüencial.



Akasha é um livro que não se encaixa em nenhum padrão, por outro lado, serve perfeitamente para "vestir" a poesia que ela contém, profunda e disforme feita de devaneios de um escritor a pensar sobre a vida, e que não caberia em outro lugar, especialmente nas linhas e margens de um livro convencional.

Sem nenhuma página, nem prefácio, sem índice nem “orelha”, pega de surpresa os leitores acostumados ao monótono folhear. Akasha não tem começo, nem meio e muito menos fim. Sua apresentação é feita por uma carta, lacrada, do músico e escritor Arnaldo Antunes ao poeta. Poeta, que por sinal, com coragem e gabarito ousa se mostrar sincero, abrindo até mesmo a sua correspondência.


Se conhecer o manuscrito original dos textos é algo que desperta curiosidade, este é um livro onde isso é permitido. É um rascunho publicado. Uma obra como todas as outras obras literárias deveriam ser: inacabada.

Algo com que você possa se divertir esparramando seus pedaços pelo chão, como uma caixa de brinquedos que a criança acaba de ganhar. Um quebra-cabeça. Intrigante e convidativo. Faz com que o leitor se permita render-se à curiosidade para explorar cada pedaço de papel e surpreender-se com os retalhos da obra prima de Duda Teixeira, que são partes e ao mesmo tempo é o todo, consistente em seu próprio significado. Unidade. Akasha é pura possibilidade. Caixa fechada. Uma vez aberta...

Clique aqui para adquirir este livro.


Em algum lugar do passado

A música mais recente tocada na turnê Somewhere Back in Time é de 1992
(por Karina Peres)

Só tem uma palavra para definir: foda (sic).” Foi assim que Solano Ferreira descreveu o show do Iron Maiden em Porto Alegre. Em 2008, a banda volta ao Brasil e leva fãs de vários lugares às capitais em que tocou. No dia 05 de março, Porto Alegre encerrou as apresentações do Iron no Brasil, na turnê que incluía também São Paulo e Curitiba.


Leia esta matéria, na íntegra, no blog da KarineX.

Leia mais sobre Iron Maiden neste blog:
Grande demais para o Gigantinho...
Em entrevista, Maiden diz não temer pirataria


10/03/2008

.:: Eleições da Espanha III ::.


>> Opinativa << href="http://www.elpais.com/articulo/espana/PSOE/revalida/victoria/elpepuesp/20080310elpepunac_1/Tes">El País

Resumo analítico

.:: Eleições da Espanha II ::.

>> Interpretativa <<

.:: Eleições da Espanha ::.

>> Informativa <<

06/03/2008

Grande demais para o Gigantinho...


Fãs de Iron Maiden superlotaram o ginásio Gigantinho, em um show de grandes clássicos do passado.

A banda inglesa Iron Maiden encerrou ontem (5 de março), em Porto Alegre, a passagem da turnê sul-americana Somewhere Back in Time no Brasil. Antes, os metaleiros agitaram platéias gigantescas em São Paulo e na capital paranaense.

Com uma setlist que reuniu verdadeiros clássicos dos anos oitenta, o sexteto britânico reuniu mais de 15 mil pessoas no ginásio Gigantinho.

A falta de infra-estrutura para um evento de tal porte rendeu comentários durante o show, por parte do vocalista Bruce Dickinson. "Há um estádio aqui do lado", disse ele, completando a 'alfinetada' com a promessa de retornar: "E nós vamos voltar aqui e não vamos jogar futebol. Vamos tocar rock and roll."

Leia mais:
Em entrevista, Maiden diz não temer pirataria
Em algum lugar do passado

Em entrevista, Maiden diz não temer pirataria

(da Redação da UOL Música)


O grupo britânico de heavy metal Iron Maiden recebeu a imprensa no México na terça (26 de fevereiro), antes de seus shows no Brasil nos dias 2, 4 e 5 de março. Entre outras coisas, o vocalista Bruce Dickinson afirmou que não se preocupa com os efeitos da pirataria e downloads pela Internet sobre suas vendagens.

Clique aqui para assistir ao vídeo com trecho da entrevista no site da UOL.

Leia mais:
Grande demais para o Gigantinho...
Em algum lugar do passado

03/03/2008

(Auto)Crítica


Comentários da autora sobre as matérias anteriores


Conforme sugere por C. Killian a respeito dos processos de produção no jornalismo on line, pode-se observar que a primeira versão da matéria cumpre as etapas de pesquisa, organização lógica das informações, redação, edição e revisão. Quanto à última etapa - design - não houve cuidado suficiente. Apesar do texto não ser longo, faltam "quebras" ou imagens que favoreçam a leitura e atraiam a atenção do leitor.
Com relação aos princípios de redação para jornalismo on line nota-se que o texto não possui recursos multimídia que complementem a informação, bem como não foi associado a nenhuma outra informação por meio de hipertextos, estando, por tanto "avulso" na rede.
Pode-se considerar ainda que as idéias contidas na matéria estejam corretamente expressas do ponto de vista de aspectos como clareza, coerência, objetividade e correção.

Baseado nesta análise, a segunda versão do texto recebeu uma linha de apoio, já que o título é pouco sugestivo para quem não conhece o contexto. Preferi não eliminar a expressão, mantendo um título, no mínimo, curioso, visto que não se trata de uma matéria factual. Foram acrescentados também hipertextos - sem grandes exageros pois não vi necessidade - e uma imagem. Gostei da capacidade sugestiva da foto, com vários indivíduos "iguais" em volta do jornal que representa o trabalho. Acredito que através dela seja possível se entender uma idéia de uma certa competição. Salvo essas alterações, a estrutura original do texto foi praticamente mantida.

No "Campus III" também se discute profissão (Versão 2)

Alunos da comunicação "matam" aulas. No tempo "livre", eles aproveitam para relaxar, mas também para pensar no futuro profissional.

Primeiro, uma definição:
Campus III: Na gíria utilizada pelos estudantes que tem aulas no Campus II, a expressão significa qualquer outro lugar que não seja o próprio Campus II. Costuma ser freqüentado nos intervalos ou mesmo durante o horário das aulas. Local onde geralmente os universitários comem, bebem, jogam truco e falam... e falam...


Quando três estudantes de Comunicação Social se reúnem na mesa de um bar fala-se de tudo, até da profissão. Enquanto nas aulas se discute a teoria, no encontro informal surgem temas que fazem parte do dia-a-dia de quem geralmente já está no mercado de trabalho durante a faculdade.
No caso, os três alunos em questão são Tiago Lopes, Bruno Schuch e Sheron Nicolette, todos do curso de Jornalismo da UCPel, que numa noite qualquer optaram por um bate-papo, ao invés de mais uma aula. "Não é questão de desprezar a importância das aulas, mas quando se está cansado não vale à pena assistir. Às vezes esse contato direto com os colegas pode ser até mais proveitoso", diz Tiago, estudante do 5º semestre e que trabalha com cinegrafista de uma emissora local de TV aberta.
Conscientes da grande competitividade no mercado de trabalho, os três concordam que inovar é fundamental. "A real é que a gente sai do curso com o pensamento de ir trabalhar em algum veículo que já existe ao invés de pensar em criar algo diferente. A gente critica pra caramba o mercado, mas no final acaba se adaptando a ele", fala Sheron, estudante do último semestre de que trabalha atualmente como radialista.
Saber das durezas que aguardam fora da universidade não tira dos futuros jornalistas a visão, de certo modo, "romântica" da profissão, e que para muitos ainda é o que motiva a seguir esta carreira. "A gente sabe que é muito difícil ganhar dinheiro com jornalismo, poucos são os que se destacam na área e conseguem isso. Essa história de 'caminhando e cantando' é só até a gente se formar porque lá fora o mundo é capitalista mesmo. Mas mesmo assim eu ainda tenho aquela paixão pela comunicação, aquela sensação de estar vivendo cada momento e fazer parte da história nem que seja só como narrador dos fatos", continua Bruno, do 5º semestre, estagiário voluntário da TV da Universidade. Para Tiago, o que atrai no jornalismo é a ausência de rotina. "A opção é sempre tua. Ou tu podes chegar na redação e fazer três matérias medíocres ou de repente tu podes pegar uma pauta e fazer dela a grande matéria da tua vida".

25/02/2008

No "Campus 3" também se discute profissão

Quando três alunos de Comunicação Social se reúnem na mesa de um bar fala-se de tudo, até da profissão. Enquanto nas aulas se discute a teoria, no encontro informal surgem temas que fazem parte do dia-a-dia de quem geralmente já está no mercado de trabalho durante a faculdade.
No caso, os três alunos em questão são Tiago Lopes, Bruno Schuch e Sheron Nicolette, todos do curso de Jornalismo da UCPel, que numa noite qualquer optaram por um bate-papo, ao invés de mais uma aula. "Não é questão de desprezar a importância das aulas, mas quando se está cansado não vale à pena assistir. Às vezes esse contato direto com os colegas pode ser até mais proveitoso", diz Tiago, estudante do 5º semestre e que trabalha com cinegrafista de uma emissora local de TV aberta.
Conscientes da grande competitividade no mercado de trabalho, os três concordam que inovar é fundamental. "A real é que a gente sai do curso com o pensamento de ir trabalhar em algum veículo que já existe ao invés de pensar em criar algo diferente. A gente critica pra caramba o mercado, mas no final acaba se adaptando a ele", fala Sheron, estudante do último semestre de que trabalha atualmente como radialista.
Saber das durezas que aguardam fora da universidade não tira dos futuros jornalistas a visão, de certo modo, "romântica" da profissão, e que para muitos ainda é o que motiva a seguir esta carreira. "A gente sabe que é muito difícil ganhar dinheiro com jornalismo, poucos são os que se destacam na área e conseguem isso. Essa história de 'caminhando e cantando' é só até a gente se formar porque lá fora o mundo é capitalista mesmo. Mas mesmo assim eu ainda tenho aquela paixão pela comunicação, aquela sensação de estar vivendo cada momento e fazer parte da história nem que seja só como narrador dos fatos", continua Bruno, do 5º semestre, estagiário voluntário da TV da Universidade.
Para Tiago, o que atrai no jornalismo é a ausência de rotina. "A opção é sempre tua. Ou tu podes chegar na redação e fazer três matérias medíocres ou de repente tu podes pegar uma pauta e fazer dela a grande matéria da tua vida".

21/02/2008

As Fases do Jornalismo OnLine


Segundo Mielniczuk, os veículos de jornalismo online podem ser divididos em três fases, de acordo com o grau de adaptação alcançado na remidiação de seu meio de origem para a Internet. São elas:

Transpositiva_ O Jornal do Inatel (Instituto Nacional das Telecomunicações), de Minas Gerais, é um exemplo de veículo de comunicação impresso que foi colocado na Internet sem passar por adaptações. Lançado em outubro de 2003, o informativo tem edições trimestrais. Todas estão disponíveis no site do Instituto para download em arquivos do tipo pdf. Na página estão as imagens da capa das ediç e os títulos das matérias que o internauta encontrará em cada uma delas.


Metáfora_ Com matérias que mantém a estrutura de veículo impresso, o site do Diário Popular, de Pelotas, é um exemplo de jornal on-line da fase metafórica. Seus recursos de busca e navegação bastante restritos, a página permite o acesso, mediante cadastro prévio do internauta, a alguns conteúdos das edições impressas do jornal, já que nem todas as matérias são publicadas no site. Oferece recursos limitados de interatividade como enquetes e contato, mas não permite publicação de comentários.


Webjornalismo_ Quando a estrutura de redação e a linguagem de um jornal adquirem características específicas da Internet diz-se que ele está na fase mais avançada de adaptação ao webjornalismo. Como exemplo pode-se citar a Folha OnLine. A hipertextualização é uma característica bem desenvolvida no site da Folha de São Paulo, que ainda oferece recursos de interatividade como enquete e "fale conosco", mas não possibilita a publicação de comentários. Com estrutura parecida, o Estadão é outro exemplo, com a diferença de que neste há espaço para comentar as matérias publicamente.


Exceção?
Uma análise diferenciada pode ser feita da Zero Hora, jornal do Grupo RBS, na Internet. Disponível na rede em dois formatos, a ZH não se enquadra perfeitamente em nenhuma das três categorias mencionadas. A primeira versão se assemelha às citadas acima, como exemplos de webjornalismo. Apresenta matérias com uma linguagem própria do jornalismo on-line, estrutura de hipertextos, além de recursos multimídia e de interatividade. A segunda e possível exceção à regra, chamada ZH Virtual, foi lançada mais recentemente e permite ao internauta "folhear" na tela o jornal impresso. A opção oferece recursos de navegação semelhantes aos do arquivo em pdf (da fase transpositiva), com o acréscimo de menus "inteligentes" de busca ou que levam o internauta direto ao caderno ou editoria desejada (da fase metáfora). A intenção imitar a sensação da leitura no monitor da sensação física do jornal impresso - e os cliks do ato de folhear - é enfatizada pelo layout, que inclui até mesmo a sombra criada pelo volume de páginas. Entretanto, a existência de recursos multimídia não deixam de interferir na leitura, de modo que nem todos os impactos da remidiação são anulados, pois a leitura no monitor mantém diferenças essenciais em relação à leitura impressa.


O que é isto?

Para começar com as postagens... apenas uma breve explanação.

O conteúdo deste blog é dedicado às atividades práticas propostas durante as aulas da disciplina de Jornalismo OnLine, ministradas pela professora Raquel Recuero, da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas.

Eu, a autora, sou acadêmica do 7º semestre do curso de Comunicação, habilitação em Jornalismo.