03/03/2008

No "Campus III" também se discute profissão (Versão 2)

Alunos da comunicação "matam" aulas. No tempo "livre", eles aproveitam para relaxar, mas também para pensar no futuro profissional.

Primeiro, uma definição:
Campus III: Na gíria utilizada pelos estudantes que tem aulas no Campus II, a expressão significa qualquer outro lugar que não seja o próprio Campus II. Costuma ser freqüentado nos intervalos ou mesmo durante o horário das aulas. Local onde geralmente os universitários comem, bebem, jogam truco e falam... e falam...


Quando três estudantes de Comunicação Social se reúnem na mesa de um bar fala-se de tudo, até da profissão. Enquanto nas aulas se discute a teoria, no encontro informal surgem temas que fazem parte do dia-a-dia de quem geralmente já está no mercado de trabalho durante a faculdade.
No caso, os três alunos em questão são Tiago Lopes, Bruno Schuch e Sheron Nicolette, todos do curso de Jornalismo da UCPel, que numa noite qualquer optaram por um bate-papo, ao invés de mais uma aula. "Não é questão de desprezar a importância das aulas, mas quando se está cansado não vale à pena assistir. Às vezes esse contato direto com os colegas pode ser até mais proveitoso", diz Tiago, estudante do 5º semestre e que trabalha com cinegrafista de uma emissora local de TV aberta.
Conscientes da grande competitividade no mercado de trabalho, os três concordam que inovar é fundamental. "A real é que a gente sai do curso com o pensamento de ir trabalhar em algum veículo que já existe ao invés de pensar em criar algo diferente. A gente critica pra caramba o mercado, mas no final acaba se adaptando a ele", fala Sheron, estudante do último semestre de que trabalha atualmente como radialista.
Saber das durezas que aguardam fora da universidade não tira dos futuros jornalistas a visão, de certo modo, "romântica" da profissão, e que para muitos ainda é o que motiva a seguir esta carreira. "A gente sabe que é muito difícil ganhar dinheiro com jornalismo, poucos são os que se destacam na área e conseguem isso. Essa história de 'caminhando e cantando' é só até a gente se formar porque lá fora o mundo é capitalista mesmo. Mas mesmo assim eu ainda tenho aquela paixão pela comunicação, aquela sensação de estar vivendo cada momento e fazer parte da história nem que seja só como narrador dos fatos", continua Bruno, do 5º semestre, estagiário voluntário da TV da Universidade. Para Tiago, o que atrai no jornalismo é a ausência de rotina. "A opção é sempre tua. Ou tu podes chegar na redação e fazer três matérias medíocres ou de repente tu podes pegar uma pauta e fazer dela a grande matéria da tua vida".

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